sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sugestão de curso

"PLANO MUSEOLÓGICO: IMPLANTAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS MUSEUS"

Conteúdo:
- Conceitos de museu e museologia
- Conceitos de projeto, programa e plano museológico
- O plano como trabalho coletivo: importância, vantagens e limites
- Metodologia para elaboração e implantação do plano museológico
- Identificação da missão institucional: finalidades, valores, metas e funções, etc

Data: 02, 03 e 04 de Setembro de 2009
Horário: das 8h às 17h
Local: auditório da ACIVAG (prédio em frente ao terminal Maggi/Várzea Grande)
Informações: 3688-3641, falar com Advanil (vagas limitadas)

Sugestão de livros

Pedagogia da Música. Esther Beyer e Patrícia Kebach (orgs.), 160 págs., Ed. Mediação.

Por que as cantigas de ninar são tão assustadoras, como nas clássicas Boi da Cara Preta e Tutu Marambá? De que maneira iniciar a turma num trabalho de análise e reflexão musical mesmo sem um contato prévio com o tema? Esses são alguns dos temas tratados pelos autores desta coletânea, que também reúne depoimentos colhidos em sala de aula.

Esther Beyer: pós-doutora em Semântica Musical pela Universidade de Münster, na Alemanha;
Patrícia Kegach: doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Arte Educação: Experiências, Questões e Possibilidades. Luiza Helena da Silva Christov e Simone A. Ribeiro de Mattos (orgs.), 96 págs., Ed. Expressão & Arte.
A formação de arte-educadores para atuação em museus, o uso de materiais gráficos na sala de aula e os pensamentos de Piaget sobre a criatividade são alguns dos temas abordados. Destaque para o artigo de Milca C. Viola, que propõe a reflexão para além da leitura de imagens.
Luiza H. da Silva: doutora em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC);
Simone A. R. de Mattos: especialista em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP).

ENCONTRO COM OS PROFESSORES DA DISCIPLINA ARTE

27/agosto/2009
4ª reunião
Horário: 17h30 as 20h30
Local: auditório do PROFUNCIONÁRIO (Conselho Municipal de Educação)
Pauta:
- atividades de 2009/1
- comunicados gerais
- programação para 2009/2
- leitura e discussão do PCN 5 a 8: Arte (2ª PARTE: Arte nos terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, p. 61-62)
- tarefa: leitura PCN 5 a 8: Arte - Linguagens Artes Visuais (p. 63-70) e Música (p. 78-88); resumo de 300 a 500 palavras;

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Oficina JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS
3° dia: partitura construida pelos alunos para a música criada por eles, cujo tema era "Os Quatro Elementos: Terra, Fogo, Ar e Água".
Oficina JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS
3º dia: realização de partitura com escrita não convencional (recortes de revistas) e criação de música.
Oficina JOGOS E BRINCADEIRAS MUSICAIS
2º dia: realização de acompanhamento rítmico na música Fome Come (Paulo Tatit e Sandra Peres)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

OFICINA: Apreciação Musical

Data: de 06 a 10/julho/2009
Horário: das 17h30 às 21h30
Local: Auditório do PROFUNCIONÁRIO (Conselho Municipal de Educação)

Objetivo Geral:
- Promover a conscientição dos professores sobre a importância de se trabalhar a sensibilidade auditiva nas aulas de música.

Objetivos Específicos:
- Discutir a importância de realizar a apreciação musical no contexto escolar;
- Desenvolver atividades práticas de apreciação musical com estratégias diferenciadas;
- Propôr a construção de planejamentos que imcluam a atividade de apreciação musical, seja como meio de abordar determinado conteúdo ou de avaliar o conteúdo trabalhado em aula;
- Conhecer uma abordagem teórica de desenvolvimento musical.

O QUE É APRECIAÇÃO MUSICAL
Na opinião do educador musical inglês Keith Swanwick o objetivo primordial da educação musical é desenvolver uma apreciação rica e ampla, porque esta oferece prazer instantâneo, contribui para dar sentido à vida, oferece insights ao mundo dos sentimentos. Ele não considera a apreciação como uma habilidade instintiva ou herdada e por isso afirma que os educadores musicais devem levar o aluno ao aprendizado da apreciação para então proporcionar o desenvolvimento do potencial imaginativo.
Por este motivo o autor não considera a apreciação como um ouvir despreocupado, mas como uma atitude de prestar atenção, como se estivesse sentado para uma audiência. Trata-se do ato de ouvir de modo atento, tendo o compromisso estético como parte da experiência e que transforma a audição na razão central da existência da música. Esta experiência lembra o estado de “contemplação” que torna o aluno em ouvinte compromissado, absorto e transformado pela experiência estética.

MODELO ESPIRAL DE DESENVOLVIMENTO MUSICAL
O desenvolvimento cognitivo musical apresentado por Swanwick na Teoria Espiral é uma seqüência de estágios próxima à teoria cognitivista de Piaget, partindo do domínio para chegar à meta cognição. Esta seqüência atua de forma linear, contemplando as dimensões da crítica musical, e formam os quatro estágios do desenvolvimento musical, estabelecidas como: VALOR (meta cognição); FORMA (jogo imaginativo); EXPRESSÃO (imitação); MATERIAL (domínio).
O aluno responderá a um objeto musical de forma diferente a cada estágio, engajando-se a uma crítica mais formal e complexa, apesar de sempre necessitar da retomada rápida de respostas dos estágios anteriores. Contudo, cada estágio apresenta duas fases: SISTEMÁTICO e SIMBÓLICO (Valor); IDIOMÁTICO e ESPECULATIVO (Forma); VERNÁCULO e PESSOAL (Expressão); MANIPULATIVO e SENSORIAL (Material).
Estas oito fases formam uma espiral e cada fase encontra-se em lados distintos da espiral (esquerdo e direito), compreendendo características distintas (egocêntrico e socializador), mas que se complementam e permitem o equilíbrio entre assimilação e acomodação. O desenvolvimento em forma de espiral ocorre por considerar que o caminho para o aluno percorrer na aquisição de um conhecimento musical novo sempre parte da perspectiva pessoal de vivenciar a música (lado esquerdo: egocêntrico), dirigindo-se às experiências compartilhadas socialmente (lado direito: socializador).

MODELO (T)EC(L)A
Segundo Swanwick, o envolvimento direto com a música se dá primeiramente pela EXECUÇÃO, COMPOSIÇÃO e APRECIAÇÃO, que envolve respectivamente as experiências de manipulação sonora, criação e audição. Mesmo assim, as atividades de desenvolvimento das HABILIDADES TÉCNICAS e o estudo da LITERATURA estão aliados, mas em segundo plano, como apoio.
O Modelo (T)EC(L)A (Técnica, Execução, Composição, Literatura e Apreciação), que está baseado nas atividades de envolvimento com a música. Esse modelo é composto pelo que Swanwick chama de “parâmetros da educação musical”, ou seja, são parâmetros da experiência musical.

APRESENTAÇÃO GERAL DAS HABILIDADES MUSICAIS DESENVOLVIDAS EM CADA FASE DOS QUATRO ESTÁGIOS DA TEORIA ESPIRAL

ESTÁGIO MATERIAL
SENSORIAL: exploração sonora
Fascínio do som, principalmente timbre e extremos forte e piano; concepção de instrumento para qualquer objeto; uso de dedilhado como experimentação; música não organizada; pulso inconstante.
MANIPULATIVO: controle sonoro
Imitação e acomodação das explorações; identificação de instrumentos musicais convencionais; preocupação com a técnica para manuseio; pulso organizado; uso da estrutura física do instrumento para organização da música; músicas longas e vagas.

ESTÁGIO EXPRESSÃO
PESSOAL: sentimento individual
Exploração de mudança de velocidade e níveis de dinâmica; compõe frases elementares mas não consegue repeti-las; expressividade manifesta no modo como a criança percebe a música.
VENACULAR: expressões convencionais
Capacidade de criar figuras rítmicas e/ou melódicas e repeti-las; compõe peças mais curtas e dentro de convenções musicais em termos expressivos; cria frases de 2, 4 ou 8 compassos; uso de síncopes, ostinatos, seqüências.

ESTÁGIO FORMA
ESPECULATIVO: estruturação
Uso da imaginação; controle de pulso; explora e experimenta estruturas e contrastes de várias idéias.
IDIOMÁTICO: estilos identificáveis
Estruturas mais interligadas a estilos reconhecidos; apresenta controle técnico, expressivo e estrutural; composições mais longas e semelhantes a modelos existentes na mídia.

ESTÁGIO VALOR
SIMBÓLICO: valor significativo
Identificação pessoal com peças particulares; consciência do poder efetivo da música; capacidade de reflexão da experiência e discurso desta; escolha de estilo baseado no compromisso e florescimento da análise.
OBS: esta fase algumas pessoas raramente ou nunca experimentam.
SISTEMÁTICO: teorização musical
Capacidade de análise detalhada que leva a reflexão de idéias inéditas em áreas específicas (musicologia, estética, psicologia, etc.); reflexão e discurso apresentado de maneira intelectual organizada e se expandindo em novos processos e perspectivas através da reflexão, discussão e celebração com outros.
OBS: pessoas altamente desenvolvidas musicalmente.

BIBLIOGRAFIA
COSTA, Kristiane M. C. e. A improvisação na educação musical para adultos – como ocorre o pensamento criador. Dissertação (Mestrado em Música). Goiânia: UFG, 2006.
COSTA, Kristiane M. C. e. Flauta doce: um instrumento no desenvolvimento musical. Monografia (Especialização em Música Brasileira). Cuiabá: UFMT, 1997.
HENTSCHKE, Liane. Teoria Espiral de Desenvolvimento Musical. In: IX Encontro Anual da Associação Brasileira de Educação Musical, 9, out/2000. Apostila. Curitiba: ABEM, 2000.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música: pensamento e ação no magistério. São Paulo: Scipione, 1997.
KRIEGER, Elisabeth. Descobrindo a música: idéias para a sala de aula. Porto Alegre: Sulina, 2007.
SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. São Paulo: Moderna, 2003.